Confirmado ontem pelo PDT, como pré-candidato ao Palácio do Planalto pela 3ª vez, Cirо Gomes foi ao principal problema dos brasileiros para abrir sua pré-campanha: o desemprego. De acordo com pesquisa CNI divulgada no início do mês passado, as outras grandes apreensões são corrupção e saúde.
As primeiras palavras de Ciro com a pré-candidatura confirmada incluíram um apelo para que temas relevantes como a economia se tornem centro do debate eleitoral. Com um tom mais contido que o usual, ele afirmou que a campanha tocará em questões como a superação da desigualdade e da miséria.
O presidenciável afirmou que a equipe que lidera a elaboração de seu plano de governo conta com três nomes principais: Roberto Mangabeira Unger, professor da Universidade de Harvard (EUA) e ex-ministro de Assuntos Estratégicos dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; Nelson Marconi, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV); e Mauro Benevides Filho, secretário de Fazenda do Ceará.
Coordenador do programa de Ciro Gomes em 2002, Mauro Filho, é o principal nome para assumir o Ministério da Fazenda, caso o pedetista vença a corrida presidencial.
O secretário foi responsável pela a contenção de R$ 400 milhões em gastos no Estado. Para isso, corte foi feito em despesas de custeio e pessoal. O volume de investimentos não foi atingido.
Reforma fiscal, um novo desenho previdenciário, tributário e um mercado de capitais capaz de financiar jovens inovadores são algumas das ideias que estarão presentes no programa de Ciro Gomes. “Vou apresentar o desenho de uma reforma fiscal, uma previdenciária e uma tributária. Um detalhado plano de reindustrialização, com quatro blocos: complexo de óleo e gás, da saúde, do agronegócio e defesa. Vou indicar como criaremos alguns milhões de empregos a curto prazo via construção civil. E o sentido superior de nossa presença na eleição é a educação, basta olhar para o Ceará“, prometeu o pré-candidato.
Ciro também disse que apresentará um plano para a segurança pública. Criticou a intervenção federal no Rio de Janeiro, mas disse entender porque a medida tem boa aceitação da população. “A intervenção é politiqueira, mal intencionada, não foi planejada e não tem orçamento. Mas não somos adeptos do quanto pior melhor. Sentimos o pulso da rua“.