A nova versão criada pelo advogado Frederick Wassef de que o clã presidencial não sabia que o próprio defensor escondia Fabrício Queiroz já foi desmentida por Jair Bolsonaro. Nasceu morta. Em live na semana passada nas redes sociais, ele disse que o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) estava na casa do advogado em Atibaia (SP) pela proximidade do hospital onde ele tratava de um câncer, versão igualmente mentirosa e desmentida pelo hospital.
“E por que estava naquela região de São Paulo? Porque é perto do hospital onde faz tratamento de câncer. Então, esse é o quadro. Da minha parte, está encerrado aí o caso Queiroz”, afirmara Bolsonaro.
A declaração de Bolsonaro contradiz a versão de Wassef. O advogado afirmou ter escondido Queiroz para impedir uma eventual tentativa de assassinato. “Naquele momento, meu entendimento é que eu queria evitar que Fabrício Queiroz fosse executado em uma simulação qualquer ou mesmo que sumissem com o seu cadáver”, disse.
Queiroz foi preso no último dia 18 em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que tem o advogado como proprietário. Ele é acusado de envolvimento com um esquema de lavagem de dinheiro na Assembleia Legislativa do Rio, onde assessorava Flávio Bolsonaro, que era deputado estadual antes de ser eleito senador.
Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz movimentou R$ 7 milhões de 2014 a 2017.
O procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo o filho de Jair Bolsonaro. O Ministério Público do Rio já disse ter encontrado indícios de que o parlamentar lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.