A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu as previsões de crescimento mundial para 2015 e 2016 e fez um alerta sobre o forte retrocesso da economia do Brasil e sobre as incertezas na China.
A organização aumentou sua previsão de queda para o Brasil. Em junho, a OCDE estimava que a economia brasileira recuaria 0,8% em 2015 e em setembro, em nova pesquisa, a retração aumentou para 2,8%. Para 2016, a previsão a expectativa passou de umaalta de 1,1% para uma queda de 0,7%. Em 2014, o PIB brasileiro subiu 0,1%.
Os economistas do mercado financeiro brasileiro esperam para este ano uma retração de 2,55% do PIB, segundo mais recente boletim Focus do Banco Central. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990 – quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Segundo a a China, o país crescerá 6,7% neste ano e 6,5% no próximo. Já a India deverá crescer 7,2% em 2015 e 7,3% no ano seguinte.
A OCDE, que inclui 34 países com economias em sua maioria avançadas, já havia rebaixado em junho as expectativas de crescimento global, em consequência da fragilidade da situação dos Estados Unidos.
Agora, a organização voltou a reduzir as estimativas e prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) mundial registrará aumento de 3% em 2015 e de 3,6% em 2016, contra 3,1% e 3,8% no relatório anterior.
O documento da OCDE foi publicado na véspera do anúncio do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre a taxa de juros, que é aguardado com ansiedade pelos mercados.
Segundo os analistas, um aumento da taxa, que seria o primeiro em nove anos, pode ter um impacto negativo na atividade econômica mundial.