A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga supostas irregularidades e abusos por parte da Enel Distribuidora Ceará, discutiu, nesta sexta-feira (15/03), no Crato, em Fortaleza e em mais nove municípios – Sobral, Brejo Santo, São Gonçalo do Amarante, Orós, Solonópole e Tauá, Iguatu, Canindé, Capistrano – a má prestação de serviços pela concessionária no Dia D de Mobilização estadual.
O presidente da CPI, Fernando Santana (PT), abriu o encontro do Crato destacando o objetivo da CPI. “Nossa luta começou quando, em 2022, a Enel quis reajustar a tarifa de energia em 24,35%, um dos maiores do País. Por isso, decidimos abrir um canal de fala, reclamação e conversa com a concessionária sobre os serviços prestados. A CPI é uma causa de direito ao povo cearense, que paga caro para uma empresa rica e que presta uma péssima qualidade de serviço”, disse.
O parlamentar reclamou da atuação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que é a única responsável para fiscalizar e punir pelos serviços que deixam de ser prestados pela a Enel. “A Aneel mais parece um puxadinho em defesa da Enel”, afirmou. Santana contou que irá a Brasília na próxima segunda-feira, dia 18 de março, para, mais uma vez, cobrar a participação da empresa e finalizou dizendo que o objetivo da CPI não é contra a Enel, mas fazer com que ela respeite o povo cearense.
“Estamos num ato corajoso brigando com uma empresa gigante e sabemos todos os riscos que sofremos. Não temos nada contra a Enel, somos apenas a favor do povo cearense. Ou a Enel muda ou ela se muda do nosso Estado”, enfatizou o deputado.
Para o presidente da Câmara Municipal do Crato, Florisval Coriolano (PRTB), todo o Ceará está sendo prejudicado pela falta de comprometimento com os serviços prestados pela Enel e, no Crato, não é diferente. “É uma irresponsabilidade o que a Enel faz com os cearenses. Ontem mesmo houve um apagão e o comércio do Crato fechou suas portas pela falta de energia na cidade”, reclamou, e disse ser inadmissível uma empresa com tantos problemas continuar prestanto serviços para o nosso Estado. “Não podemos ter medo de enfrentar essa empresa, afinal nós só queremos ter um serviço de qualidade”, finaliza.