Vigilantes do Metrofor e da Seduc paralisaram atividades

57



Os vigilantes da Secretaria de Educação (Seduc) e Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) decidiram paralisar as atividades, por falta de recebimento de salários e benefícios como vale transporte. 


A decisão foi tomada em assembleia ontem, 9 de dezembro, no sindicato da categoria. As escolas estaduais e o Metrofor estão sem segurança, inviabilizando o funcionamento.


Ontem também os vigilantes foram recebidos de forma truculenta pela Guarda Municipal durante o protesto, que seguia pacífico até o Paço Municipal. 


“Os trabalhadores já estavam seguindo para outro ponto do Centro quando a guarda municipal, de forma truculenta, aproximou-se da categoria com arma em punho, ameaçou e começou a disparar contra os trabalhadores”, explicou o Presidente do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Ceará, Daniel Borges.  Disse ainda que os profissionais apenas reagiram às agressões, “todos estavam em um ato ordeiro cobrando que os seus direitos fossem respeitados, já que são pais e mães de família trabalhando sem receber seus salários. Algumas pessoas que não fazem parte da categoria se infiltraram no movimento com pedras e garrafas de vidros”, justificou o presidente.


“E a mobilização continua, caso não haja uma negociação com a categoria, as escolas e o Metrofor vão ficar sem segurança. Nessa sexta, 11 teremos nova assembleia na sede do Sindicato”. Assegura Daniel Borges.


Reivindicações já são antigas


No inicio de novembro, a categoria fez reivindicações, quando a Seduc cogitou demitir mais de 1200 vigilantes. A paralisação não chegou a acontecer, pois o Governo decidiu não fazer as demissões. 


Em outubro aconteceu uma audiência pública para discutir a situação dos vigilantes do Ceará. Na época, com o requerimento do deputado estadual Helmano de Freitas, os trabalhadores colocaram em pauta o problema em alguns repasses de verbas para os vigilantes, bem como a não elucidação dos assassinatos dos vigilantes ocorridos este ano no Ceará.



Por Hariádina Salveano