“As escolas públicas de Fortaleza estão ainda mais inseguras“, afirma o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Ceará, Daniel Borges.
A insegurança nas escolas é reflexo do corte realizado pela Prefeitura da capital há três meses, que ocasionou a demissão de 380 vigilantes. “Crimes dentro e fora das escolas estão acontecendo frequentemente, deixando apavorados pais e alunos“, ressaltou o sindicalista.
Um dos casos mais recentes aconteceu na última quarta-feira, 30, quando uma creche teve uma das salas incendiadas e equipamentos roubados no bairro Mondubim. No mesmo dia, um adolescente foi executado a tiros, a poucos metros do colégio municipal onde estudava, no bairro Álvaro Weyne. O jovem ainda estava fardado quando o crime aconteceu.
Para Daniel, a diminuição do número de vigilantes das escolas, vai trazer mais insegurança nas unidades educacionais da capital. “Existe uma previsão de demissão, de mais 230vigilantes, o que soma 610 trabalhadores. A prefeitura vai deixar ainda mais descoberta as escolas e com isso aumentará inda mais a insegurança no entorno das escolas, o que nós lamentamos“, afirma.
Fortaleza conta atualmente com 436 equipamentos patrimoniais de educação, conforme dados da Secretaria Municipal de Educação. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) não comentou sobre a realização de um novo corte no número de vigilantes, porém informou que as escolas que ficam localizadas em áreas de maior vulnerabilidade permanecerão com o serviço de vigilância, as demais, com porteiros diurno e noturno.
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Por Hariádina Salveano