Em razão das liminares, os profissionais votaram pela suspensão da paralisação e pelo retorno às atividades nas unidades hospitalares, porém decidiram manter o estado de greve, em que mobilizações e atos ainda poderão ser promovidos.
“A opinião do Sindsaúde e do Sindicato dos Enfermeiros é que essa assembleia vote pela suspensão da greve e pelo estado de greve. A gente suspende a greve, retorna o trabalho, mas continua em estado de greve e em mobilização. A qualquer momento, o estado de greve pode decidir, em assembleia novamente, por retomar a greve”, explicou Marta Brandão, presidente do Sindsaúde.
Ainda durante a mobilização da manhã desta terça, iniciada em frente ao Hospital Antônio Prudente, Marta afirmou que uma audiência de conciliação será realizada nesta quarta-feira, 4, para discussão das duas liminares.
Nessa segunda, 3, foram realizadas reuniões com a Secretaria do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), o Ministério Público do Trabalho e o Governo do Estado do Ceará e a Secretaria Estadual de Saúde, em que propostas foram apresentadas.
Apesar da suspensão da greve e do progresso em relação a pautas, como a regionalização dos pisos, o diretor jurídico do Sindicato dos Enfermeiros afirmou que as negociações deverão continuar.
“A proposta ainda permanece muito ruim, sobretudo no que remete à questão da jornada de trabalho. Os servidores públicos têm, em regra, jornada de trabalho de até 40 horas e a proporcionalidade foi algo que agrediu a própria legislação, uma vez que a lei federal não previa jornada de trabalho”, destacou.
Ainda de acordo com o representante do sindicato, uma reunião entre prefeito José Sarto e a categoria deverá ocorrer na próxima segunda-feira, 10. Um dos principais pontos mencionados pelos manifestantes no início da greve era a falta de comunicação da Prefeitura de Fortaleza com os profissionais.
Fonte Jornal O Povo