Presidente do Senado: a privatizar a Petrobras não é uma solução para o aumento dos combustíveis

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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco – PSD-MG, disse nesta quinta, 12, que a privatização da Petrobras “não é a solução” para os aumentos de preços dos combustíveis. Em reunião com secretários estaduais de Fazenda, a fim de discutir alternativas para conter a alta recorrente nos preços dos combustíveis. A venda da estatal é uma bandeira do novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que assumiu a pasta após a exoneração de Bento Albuquerque do Ministério de Minas e Energia em razão da insatisfação do presidente Jair Bolsonaro (PL) com a política de preços da Petrobras.

Após o encontro, o senador defendeu não “haver vilão e mocinho nessa história” e cobrou maior participação de estados, municípios e da União no debate de medidas que possam ter eficácia na redução dos valores. “Ninguém quer sacrifício absoluto de ninguém, mas todos querem a colaboração de todos”, enfatizou.

Pacheco também pressionou outro ator importante para a crise: a própria estatal. “A Petrobras deve contribuir para a solução do aumento do preço dos combustíveis”, assinalou.

Questionado a respeito da eventual privatização da empresa pública defendida por Bolsonaro, o congressista não descartou que o Legislativo se debruce sobre o tema. O senador, porém, ressaltou que não é o momento certo para esta discussão e reconheceu a importância da Petrobras como ativo nacional. “Temos que reconhecer que estatal é ativo nacional, é uma empresa bem-sucedida que precisa ser valorizada”, disse.

Pacheco salientou que o momento é de “frustração de expectativas”, diante da ineficácia das medidas adotadas até agora para tentar frear as incessantes altas nos preços dos combustíveis. “Nós tínhamos no Brasil uma expectativa de contenção no aumento do preço dos combustíveis que não se realizou”, lamentou.

O senador ainda externou o desejo de uma agenda com governadores para discutir novas medidas, como a manutenção da política de congelamento do Imposto sobre Circulação de Mercadores e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, o etanol e o gás de cozinha (GLP).

“É o pedido que farei aos governadores, para que mantenham esse congelamento em relação à gasolina para que se mantenha a lógica de uma relação estabilizada e equilibrada sem se aproveitar dos aumentos dos preços dos combustíveis”, completou.

 

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