A bancada do Partido Democrático Trabalhista (PDT) na Câmara dos Deputados optou por deixar a base aliada do governo federal, de Lula (PT). A bancada do partido na Câmara não recebeu bem o processo de saída de Carlos Lupi da Esplanada dos Ministérios. Dentro da sigla, a demissão de Lupi foi recebida como o ápice de um processo de fritura público e um “desrespeito” ao partido.
Segundo o líder da legenda na Casa, deputado Mário Heringer (MG), a decisão é um resquício da demissão do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi e bancada foi “unânime pela independência”.
“Não temos condições de ser oposição, não vamos nos agrupar ao PL. Mas temos pautas identitárias que casam com o governo. Deixamos a base e ficamos independente”, explicou.
A demissão de Lupi aconteceu após um escândalo envolvendo uma fraude milionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que descontava valores de aposentados e pensionistas.
O que diz o governo?
Questionada sobre o assunto, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou respeito pela decisão.
“Respeitamos o posicionamento da bancada e seguimos dialogando com o PDT, contando com o apoio do partido nas matérias de interesse do país”, informou.
Bancada do PDT
Na Câmara, o PDT conta com mais 16 parlamentares, além do líder. Em votações, compactou em mais de 92% com o governo. O Senado tem três cadeiras.