Nassif junta as peças da família Bolsonaro no dia do assassinato de Marielle

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O jornalista Luis Nassif comenta sobre o caso Marielle Franco (PSOL) e destaca que o sistema de telefonia do condomínio onde mora Jair Bolsonaro no Rio “permite transferir ligações para celulares”. Nassif também levanta a hipótese (apenas uma hipótese) do que poderia ter acontecido no dia 14 de março de 2018. “Ao chegar ao condomínio, Élcio deu o número da casa de Bolsonaro”, diz ele. Élcio foi quem dirigiu o carro de onde partiram os tiros que mataram a então vereadora. 


“O porteiro ligou para o celular anexado ao número, Bolsonaro atendeu em Brasília e autorizou a entrada. E Élcio rumou para a casa de Ronnie Lessa, que fica na mesma rua da casa de Bolsonaro, cerca de duas ou três casas depois”, continua o jornalista ainda fazendo uma hipótese. “Quando a reunião foi identificada, após perícia no celular de Ronnie Lessa, os Bolsonaro foram informados por aliados infiltrados nas investigações, que atrasaram a perícia a fim de permitir que as provas fossem alteradas”.


Motivação


Conforme já divulgado, Bolsonaro era radicalmente contrário à intervenção militar no Rio de Janeiro, que considerava uma maneira de fortalecer o governo Temer e preparar a chapa Temer-Rodrigo Maia para as eleições de 2018, reduzindo a possibilidade de uma intervenção militar ampla.


Um dos modos de operação dos porões, quando Silvio Frota foi alijado da disputa pelo poder, era planejar atentados e imputar à oposição.


Apurou-se que, dias antes do assassinato de Marielle, Ronnie Lessa pesquisou no Google figuras críticas à intervenção militar. E fixou-se no nome de Marielle, que havia sido indicada para uma comissão na Câmara de Vereadores, para fiscalizar a intervenção.


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