Max Mapurunga: empresário cearense que se destaca nas relações comerciais

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Comprar, vender, negociar melhores condições de preços e entrega, gerar relações comerciais nacionais e internacionais, assim é a vida do cearense simples, que vem construindo um legado nas relações comerciais, enquanto se divide entre os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, as cidades de Fortaleza e Viçosa do Ceará e o mundo. Assim pode-se descrever um pouco do empresário Max Mapurunga.

Max é pai de dois filhos e avô da pequena Luiza, sua primeira neta, tem dificuldade de falar de se mesmo, mas se descreve como alguém que foi ensinado a superar as dificuldades. Filho de Lázaro Mapurunga e Dona Assunção, que foram casados por mais de 50 anos, Max cresceu vendo a mãe superar limites por causa da deficiência visual.

“Cresci com minha mãe com deficiência visual, mas sempre ensinando a gente que não existe dificuldade, qualquer dificuldade é pra ser resolvida e suplantada. Então a gente foi criado assim aqui em casa”

O empresário tem raízes bem fincadas em Viçosa do Ceará, município cearense que sua família tem uma história de mais de 300 anos e onde o irmão Eduardo Mapurunga possui uma fábrica de polpa de fruta.

INÍCIO DA CARREIRA

Tendo como exemplo o pai, que iniciou o trabalho bem cedo e chegou a ser porteiro do cinema da cidade, depois ingressou na atividade da construção civil, foi muitos anos dono da Construtora Ibiapaba, Max enveredou pela engenharia mecânica e graduou-se na profissão.

“Eu comecei a trabalhar com 16 anos. Eu fui trabalhar lá na construtora dele raspando ferro lá na oficina e ele sempre gostou muito de mecânica e eu por conviver muito com ele fiz o curso de Engenharia Mecânica, mas efetivamente eu sempre trabalhei na área comercial. É tanto, que eu gosto de brincar e dizer que eu sou engenheiro comercial. Era eu quem tocava a parte de medição, de recebimento de fatura, na construtora. E daí eu fui para a parte comercial.” 

Max conta que uma das primeiras negociações, aconteceu quando estava em uma construção em Aracati, teve que fazer uma cobrança, mas pessoa estava sem dinheiro e ele acabou negociando uma quantidade de camarão, vendeu, recebeu o pagamento da dívida e ainda recebeu uma comissão e assim entrou no ramo de SeaFood, comércio de frutos de mar.

“Eu fiz uma venda, recebi o cheque e a pessoa que me devia devolveu o que era equivalente à dívida e me deu uma comissão de cinco por cento. E aí, eu fiquei com vergonha de receber a comissão, não queria receber, ele percebeu  e disse não Max, aqui esses 5% são seus. E o seu serviço e o serviço da construtora está pago mas o seu serviço da comercialização do camarão você tem que ser remunerado pra isso e assim eu entrei  no mundo do Sea Food”.

Do do pescado, do camarão, da lagosta, o empresário  foi enveredando por outros caminhos da parte comercial e passou a fazer o serviços em que era convidado  para os serviços de comercialização de produtos. Foi ficando conhecido e começou a realizar vendas para várias empresas, recebendo as comissões, até que foi procurado por uma empresa de Santa Catarina para comercializar camarão.

A partir desse período, a empresa RB Distribuidora o convidou para ser sócio. No decorrer de todo esse tempo foram realizadas tratativas comerciais em Cabo Verde, onde possui uma fazenda de camarão. Recentemente as instalações foram vendidas para o grupo Realça, um grupo espanhol, que aqui no Brasil é representado pela Crusoé Foods.

ARTICULAÇÃO COMERCIAL INTERNACIONAL 

As articulações comerciais internacionais iniciaram por meio de olhar apurado de um tino para os negócios. Em 2018, Max foi diretor de produção do DNOCS por aproximadamente um ano e depois foi coordenador geral de controle, registro e monitoramento da Secretaria Especial de Pesca. Nesse período, teve a oportunidade de apresentar na embaixada da Bielorússia, país do leste europeu, as atividades ligadas aos frutos do mar no Brasil e  com um olhar aguçado e empreendedor buscou o que o país poderia oferecer ao Brasil em termos comerciais. Descobriu, que a capital Minsk, possuía uma empresa chamada MTZ, com fama na fabricação de tratores.

“Eu conheci o Paulo Braga que é o proprietário da da empresa chamada MaquiGeral, estamos trazendo a MTZ para o Brasil e vamos fabricar os tratores  aqui no nosso país. Então, eu tive o prazer e honra de ser convidado para ser cônsul honorário da Bielorússia, aqui no Ceará. Dessa relação comercial fui apresentado a representantes de empresários russos e passei a fazer uma conversa com eles. Agora, nessa parceria com a Maquigeral, nós temos contratos de representação com três empresas russas para produzir no Brasil. A Kirovets que é uma empresa que fabrica tratores, pneu de tratores, máquinas carregadeiras, a Hossel March que é uma empresa que fabrica vários modelos de colheitadeiras e também com a Pegas-Agro que é uma empresa que trabalha com pulverizadores”.

Com essas parcerias Max, também, vislumbra ampliar as negociações no setor de hortifruti da Serra da Ibiapaba com países como os Cazaquistão, Quirguistão e Armênia. Toda essa movimentação tem a pretensão de gerar milhares de empregos para os cearenses.

VIDA POLÍTICA

De 1988 a 1992, Max foi vereador em Viçosa do Ceará e em 2020 teve a oportunidade de se candidatar a prefeito e tinha vários projetos para cidade nas diversas áreas como turismo, cultura e geração de emprego. Mesmo não sendo o gestor da cidade, o empresário não deixa pensar no seu povo. Há em andamento um projeto para que visa a colheita e a utilização do babaçu para produção de óleo, utilização da palha e da casca para fabricação de briquete para servir de combustível,  em parceria com a empresa Sabiá e o grupo Votorantim.

O empresário destaca o potencial turístico de Viçosa e da região, tanto pela arquitetura, quanto pelo clima e com a possibilidade do ecoturismo, já que somente em Viçosa do Ceará existem cerca de 42 cachoeiras. O destaque,  também, é que a cidade se tornou oficialmente a Capital da Cachaça no Ceará, após sanção de uma lei pelo governador Elmano de Freitas, no último dia 5 de janeiro. Uma das marcas da cachaça de Viçosa do Ceará ganhou a medalha de ouro no concurso internacional London Competitions, na Inglaterra, em 2022, de melhor cachaça do mundo.

Max é enfático em dizer que esse título deve ser revertido em emprego e gerar exportação do produto, mas que para isso, deve-se haver articulação política de comercial.

“É preciso que esse título se transforme em dinheiro. Faça com que a população ganhe dinheiro com isso. É preciso que haja a força para transformar esse título muito importante para nossa cidade em realização de negócios. Então é isso que a gente precisa fazer com a cachaça. Fazer com que a população ganhe dinheiro”.

Ao conversar com Max Mapurunga, percebe-se que sua mente é ligada no 220w em pensamento que geram emprego, renda, benefícios para o povo e fazem os olhares  dos empresários recaírem para o Ceará. Max é um articulador empresarial com grande potencial e quer levar junto a ele, sua terra, nosso Ceará.

Por: Hariádina Salveano – Jornalista

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