Frente de combate ao Aedes Aegypti vai discutir situação de Fortaleza

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A Frente Parlamentar de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti vai realizar reunião na próxima terça-feira (14/06), às 14h30, na Assembleia Legislativa, para conhecer a ações de Fortaleza no combate ao mosquito, que é vetor da dengue, zika e chikungunya.  A decisão foi tomada na oficina realizada pela Frente Parlamentar, na manhã desta quinta-feira (09/06), que definiu outras ações para o mês de junho.


Foram organizados quatros grupos para discutir e propor ações relacionadas ao engajamento dos municípios no controle do mosquito e apresentação do Sistema Integrado de Combate ao Aedes Aegypti;  ações específicas para os municípios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) e as cidades do Interior com as dez maiores em populações;  a situação dos dez municípios com situação mais grave de infestação do mosquito; e elaborar a prévia do relatório final até o dia 30 de junho.


O presidente da Frente Parlamentar, deputado Carlos Matos (PSDB), ressaltou o engajamento de setores produtivos na iniciativa da Assembleia Legislativa, como a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará (Fecomércio/CE).


Para Carlos Matos, o combate à epidemia precisa “do engajamento da sociedade”. Ele defendeu ações estruturais, como investimento em saneamento básico. Segundo o parlamentar, apenas 37,5% dos cearenses possuem acesso ao esgotamento sanitário. O relator da Frente, deputado Leonardo Pinheiro (PSD), explicou que a iniciativa objetiva contribuir para “minimizar essa epidemia que está assolando o Brasil todo e, em particular, o Ceará“. O parlamentar comentou que os municípios do Interior sofrem com o avanço das doenças transmitidas pelo mosquito, em particular a chikungunya.


A assessora técnica da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), bióloga Ricristhi Gonçalves, esclareceu que “as ações de combate ao vetor Aedes aegypti são, principalmente, municipais“. Ela informou que o ideal é que as prefeituras realizem, ao menos, seis visitas às residências no período de um ano.


Ricristhi Gonçalves apresentou ainda pesquisa, realizada em 82 municípios cearenses, apontando que 42,86% estão em situação de alerta de infestação do mosquito Aedes aegypti; 33,7% estão com risco de surto; e 29,87% estão em situação satisfatória.


O presidente da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), Expedito do Nascimento, disse que as cidades cearenses têm feito “uma ação muito efetiva” no combate ao mosquito. Foram apresentadas experiências consideradas exitosas de Pedra Branca e Jaguaribe.


Cerca de 20 pessoas participaram da oficina, entre elas o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e ex-secretário da Saúde Anastácio Queiroz; o coordenador do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à dengue, chikungunya e zika, Moacir Tavares; o prefeito de Jaguaribe, José Abner Diógenes; o prefeito de Pedra Branca, Pedro Vieira Filho; o coordenador da assessoria jurídica da Promotoria de Saúde, Tadeu Uchoa; a secretária executiva do Conselho Estadual de Saúde (Cesau), Goretti Pinheiro; além de representantes dos Conselho das Secretarias Municipais da Saúde do Ceará (Cosems/CE), da empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), da Fiocruz, de municípios cearenses e de outras entidades do Estado.


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Fonte: Assessoria da Assembleia Legislativa do Estado Ceará – Foto: Bia Medeiros