Esquema de emendas visava fazer “caixa” para a campanha do prefeito eleito de Canindé

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A campanha de Jardel Sousa e Ilomar Vasconcelos, prefeito e vice-prefeitos eleitos de Canindé, com apoio de Bebeto Queiroz e Júnior Mano, foi o centro da movimentação financeira do esquema investigado pela polícia federal.

As emendas negociadas visavam criar um caixa para bancar a campanha de Jardel em Canindé.

Investigação da Polícia Federal aponta que o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) teve “papel central” num esquema de manipulação de eleições municipais em 51 cidades no Ceará, inclusive Canindé, por meio de compra de votos além de participação em desvios de recursos oriundos de emendas parlamentares, mostram documentos obtidos pelo UOL. O deputado nega as acusações. Júnior Mano disse à reportagem que “é vítima do uso indevido de seu nome e confia plenamente nos poderes constituídos para o reconhecimento de sua total inocência”.

O empresário Carlos Douglas Almeida Leandro enviou um áudio via WhatsApp para Carlos Alberto Queiroz Pereira, o Bebeto, do PSB, então candidato a prefeito de Choró, pequeno município de 12,1 mil habitantes no sertão cearense. Na leitura dos investigadores, Leandro estava fazendo uma proposta nada republicana: desviar dinheiro oriundo de uma “emenda de comissão”, o novo nome do orçamento secreto.

Segundo o empresário, parte do dinheiro da emenda iria “pro caixa” – uma provável referência a caixa dois. A proposta, disse o empresário, veio de “Ilomar”. Ilomar Vasconcelos, também do PSB, vice-prefeito eleito de Canindé.

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