Eduardo Cunha aceita o pedido de impeachment contra Dilma, depois que bancada do PT anunciar que é favorável ao seu processo

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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou nessa quarta-feira, 02 de novembro, o pedido de impeachment contra a Presidenta Dilma Rousseff feito pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal. O presidente da Câmara afirmou que a decisão tem “natureza técnica”.


Mais cedo, após a bancada do PT anunciar que é favorável ao prosseguimento do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, o presidente da Casa anunciou que aceita o pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma.


Dilma reforçou que não existe qualquer denúncia de ato ilícito que envolva seu nome. “Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público”, disse, completando que “Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais. Nunca coagi ou tentei coagir instituições ou pessoas, na busca de satisfazer meus interesses”. Ressaltou a presidenta.


Em pronunciamento de um pouco mais de três minutos, declarou ainda , “eu jamais aceitaria ou concordaria com qualquer pedido de barganha”, atestou Dilma e acrescentou ainda que “nos últimos dias, a imprensa noticiou que haveria interesse nas barganhas dos votos de membros base governista no conselho de ética da Câmara deputado, em troca haveria o arquivamento dos pedidos de impeachment, eu já mais aceitaria ou concordaria com quais quer tipo de barganha. Muito menos aquelas que atentam contra o livre as funcionamento das instituições democráticas no meu país”.


Ainda destacou que seu passado e seu presente atestam a sua idoneidade e inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública.


A presidenta também salientou que tem convicção quanto à improcedência do pedido e seu arquivamento. “Não podemos deixar as conveniências e os interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso País. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no Estado Democrático de Direito”, concluiu.


Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali, a decisão do presidente da Câmara não é legitimidade. Jandira lembrou que não há denúncias que pesem contra Dilma ou seu governo. “É um corrupto tentando comandar um processo de impeachment contra uma presidente honesta!”, criticou.


O ex-misnitro, Ciro Gomes também comentou sobre o assunto nas redes sociais “Não aceitaremos que um chefe de quadrilha processado na justiça por corrupção leve o País à ruptura democrática! NÃO ACEITAREMOS O GOLPE!”, escreveu.


As acusações contra Cunha


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é acusado de receber, recebeu US$ 5 milhões em um contrato de navios-sonda da Petrobras.


Outras provas contra Cunha, como documentos do Ministério Público da Suíça que confirmam a existência de contas do presidente da Câmara e de familiares naquele país, estão em análise na PGR, mas não foram enviados ao STF.


Desde o início das investigações, o Eduardo Cunha reafirmam que não recebeu e não tem contas no exterior.


Em março desse ano, o ex–ministro Cid Gomes, acusou de presidente da Câmara Eduardo Cunha de achaque. “Eu fui acusado de ser mal educado. O ministro da Educação é mal educado. Eu prefiro ser acusado por ele [Eduardo Cunha] do que ser como ele, acusado de achaque”, afirmou Cid Gomes na ocasião, apontando para a Mesa Diretora, onde estava o presidente da Casa Eduardo Cunha. Avisando ao Brasil inteiro o achaque político que o Eduardo Cunha fazia contra o governo da presidenta Dilma.



Por Hariádina Salveano