Com o foco da mídia no impeachment, Cunha avança para aliviar as denúncias dele no STF

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Enquanto o foco dos noticiários da semana é a cobertura detalhada do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), avançou para aliviar a denúncia, a que é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), e o seu processo de cassação no Congresso, por envolvimento em esquema de corrupção, recebimento de propina e contas secretas no exterior.


Pouco destaque foi dado, por exemplo, à alavancada defesa no Supremo, garantindo que o andamento da sua investigação na Corte o tirasse de exposições. Nesta segunda (11), Cunha disse ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na última instância, que ele não tem interesse em prestar depoimento à Polícia Federal, neste momento, sobre seus indícios de envolvimento no esquema da Petrobras.


O advogado do peemedebista ingressou com um pedido no STF para ser dispensado da oitiva, justificando que já prestou as informações necessárias em depoimento na CPI da Petrobras e em uma petição escrita de agravo regimental.


O criminalista Reginaldo Oscar de Castro, que faz a defesa de Cunha, explicou que um novo depoimento seria “chover no molhado”, ao Estadão. “Esses esclarecimentos nesta fase do processo são fruto de uma concessão que se faz às pessoas que ocupam determinados cargos se quiserem. Como ele já apresentou sua defesa na CPI e numa petição seria chover no molhado“, afirmou.



Fonte: Jornal GGN