O Ceará deverá se juntar a Pernambuco e Paraíba na pesquisa do projeto VectorWEB, sistema de vigilância automatizada de mosquitos como o Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika, desenvolvido pela Johns Hopkins University (JHU) – Biomedical Engineering, dos Estados Unidos. Foi o que sinalizou o secretário da Saúde do Ceará, Henrique Javi, à professora Sylvia Lemos Hinrichsen, coordenadora do projeto na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), durante visita técnica de professores e pesquisadores da JHU ao Ceará. Nesta quinta-feira, 24 de agosto, a equipe de pesquisadores da JHU esteve na Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Durante visita técnica à Sesa, a equipe conheceu o cenário epidemiológico das arboviroses no Estado e visitou o laboratório de entomologia do Núcleo de Controle de Vetores (NUVET), antes de se reunir com o secretário Henrique Javi. Nesta sexta-feira, 25, os pesquisadores estarão em Cascavel, onde conhecerão as estratégias de combate ao Aedes aegypti desenvolvidas no Ceará.
O sistema de vigilância automatizada de mosquitos facilita o gerenciamento de informações acerca de aéreas endêmicas do Aedes Aegypti, disponibilizando o nível de infestação em tempo real. Para se integrar à pesquisa, a Secretaria da Saúde do Ceará deverá endossar carta de anuência do projeto.
Projeto internacional
O VectorWEB, com financiamento da USAID-EUA, objetiva implantar um sistema de vigilância em áreas com infestação de mosquitos que possibilita o estudo e monitoramento da densidade de vetores em tempo real, contribuindo para o controle de doenças transmitidas por esses insetos. A fase atual do trabalho contempla o desenvolvimento de um aplicativo para smartphone capaz de agrupar imagens, informações sobre incidência de mosquitos, além de emissão de gráficos, taxas e indicadores que serão armazenadas em nuvem e poderão ser acessados por órgãos governamentais de saúde e pela população.
Os pesquisadores norte-americanos, liderados pelo Diretor do Programa de Graduação do Centro de Inovação e Design de Bioengenharia da JHU, Soumyadipta Acharya, desenvolveram armadilha equipada com sensores e câmera que contam, fotografam e identificam a espécie do mosquito capturado. As informações lançadas em nuvem geram mapeamento entomológico e gráficos de tendências de infestação. Um modelo mais simples está sendo testado para ser utilizado pela população nas residências.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sesa